Fui, súbita e espontaneamente, impelido por uma vontade
arrebatadora de voltar às palavras, neste espaço de prosa emergida das
assoalhadas da minha consciente e inconsciente vontade. E porque as vontades
são amiúde imprevisíveis, é por isso prudente dar-lhes a
atenção merecida (não suceda as mesmas agigantarem-se numa intransigência insaciável), cá
me insurjo eu novamente com os meus "julgamentos", perante quem cuja paciência tenha meças com a de Jó.
Um “lugar-comum” seria balancear o ano que já morreu e, qual
cartomante ou comentarista de serão, escrever a história dos dias que faltam
para assinar a certidão de óbito do que recentemente foi nado. A tal, pelo menos para já,
me vou escusar. Como mais acima desabafei: não é isso que assiste aos meus
apetites momentâneos e, contra estes, não vou teimar…
Satisfazendo-os, então!
7 dias volveram desde que se derramaram garrafas de
espumante e explodiram fogachadas no ar. 7 dias duma tal volúpia noticiosa,
duma tal pressa sobre a constante sobreposição e correria de previsíveis e imprevisíveis
acontecimentos, que me leva a antever que a manter-se a o ritmo alucinante,
finado o ano, estaremos todos mais do que 365 dias mais velhos.
Evidenciando apenas alguma da factualidade conhecida, sem qualquer propósito cronológico, repare-se: o orçamento que entrou, o preço que aumentou, a
recessão que abrandou, o Papa que inspirou, a taxa da dívida que baixou, a
“chancelarina” que se magoou, o clima que virou, o nosso Eusébio que nos
deixou…
Está com pressa, traquina, buliçoso e exigente, este 2014! Aproveitemos
a irrequietude que ele nos quer impor, para cumprirmos, nas próximas 51
semanas, os votos, desejos e objetivos traçados há 7 dias. Feliz Ano Novo!